Páginas

domingo, 5 de dezembro de 2010

Living a lie.

Estava tão alucinado pelo jeito que ela escrevia seus sentimentos para mim, pela maneira de dizer que me amava, em motivo a sua beleza externa e interna, por todas as conversas que tivemos e que a palavra AMOR, era expressa a cada sílaba. Lembro-me muito bem o quão acelerado o meu coração ficou ao te reencontrar outra vez, parecia que ele ia sair pela minha boca e eu ia parar de respirar no mesmo instante. Sentia que não só as palmas de minhas mãos como o meu corpo inteiro, havia entrado em colapso nervoso e não conseguia parar de transpirar. Quando enfim, sentei ao seu lado na sala de cinema, os meus olhos pairaram em direção ao filme e voltou deliberadamente em encontro aos seus. Não acreditava que houvera encontrado o meu primeiro amor. Esperei um pouco para ir em direção aos seus lábios, tentei conversar comigo mesmo me perguntando o que eu faria? se ter pego em sua mão, era a coisa certa? o que eu estava fazendo ali? Parei, respirei fundo e percebi que a aceleração que permanecera em meu coração, havia parado e dada a chance de me recompor espiritualmente. No momento seguinte, comecei a ouvir os solavancos de meu coração batendo sobre meu peito. Metade de mim estava tranquilo e outra alarmado. Mas, mesmo tendo essas controvérsias, inclinei minha cabeça na direção que me dava ampla visão de sua face, parei e permaneci olhando em seus lábios vermelhos aveludados e quando menos esperei, você virou lentamente e me puxou para perto de ti. Outra vez, meu coração se tornara lento, mas essa lentidão era o que  mais me tranquilizava. Os nossos lábios se entrelaçavam como se nossas bocas fossem uma pintura desenhada pelas mãos de anjos. O primeiro beijo não teria assumido as expectativas. Mas, o segundo, o terceiro e como despedida o quarto, foram os mais doces e sentimentais beijos carregados de pura melancolia.
Passaram-se dois dias, tinha absoluta certeza de que iria casar e ter uma família com ela. Só que a minha vontade era tanta, que acabei tropeçando e corrompendo minha cara diretamente no chão. O anjo que eu pensava que ela fosse, havia desaparecido. Os sentimentos que tinha sobre sua imagem, haviam desaparecidos. O amor que eu sabia que tinha, desapareceu como se nunca tivesse existido e transbordado em meu coração. Tudo desapareceu. A nossa história, por mais pouca que houvera sido, teve um fim. Um ponto final mais doloroso do que eu já pude sentir. Um pesadelo que eu queria acordar, mas não conseguia sair. Acabei acreditando que todo esse romance havia sido um teatro. No qual eu era o protagonista a procura de um amor correspondido, e ela o anjo irresistível que tirara minutos de minha vida para que eu fosse seu e assim, pudesse tirar o meu coração. Vivi uma mentira. Procuro palavras para me confortar, tentando desvencilhar os meus pensamentos, mas creio que não há como desmentir um passado já vivido. Não se tem uma saída, quando você mesmo é a prisão. Lágrimas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário