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sábado, 4 de dezembro de 2010

Morte e vida.


Resolvi me prender a um jogo. Uma disputa entre a minha vida e a minha morte. Lutaria com todas as minhas táticas, impondo seriamente uma jogada que me desse a vitória. Estava almejando tanta esperança de ter a minha alma libertada, que acabei cometendo um equívoco. Coloquei uma das minhas peças em frente ao rei, pronto para dar o cheque-mate. Mas, não percebi que a sua rainha estava armada para me matar. Acabei perdendo meu bispo do jogo. Não me importei, pois minha rainha permanecia intacta sobre o seu lugar desde o começo. Aguardava instintivamente a sua tacada para me corromper numa jogada só, um final energizante e minha vida salva. Foi exatamente, no mesmo momento, que acabei pecando e cometendo o meu 2º erro, o qual determinou o fim do jogo. Quando percorri com a minha rainha por todo o tabuleiro e cheguei até o seu rei. Esqueci que deixara o meu rei sem nenhuma defesa. Ela sem dó alguma, me esquartejou, jogando todas as partes de minha peça fora do tabuleiro. Minha vida sem esperanças alguma, caiu ligeiramente sobre a tese de que a morte estaria ganhando. E estava certa, um erro meu impensado, tirou minha própria vida e deu inicio a uma história onde a morte sobressaiu, ridicularizou-me, cuspiu em minha face e sem prorrogações, apenas disse - Fim do Jogo.

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